“Estou com o olhar para o RS, em particular para Santa Maria”, comenta o ministro-chefe da Secom, Paulo Pimenta  

Os primeiros 30 dias do governo Lula (PT) foram conturbados, em especial, pelos ataques antidemocráticos, em 8 de janeiro, e os desdobramentos decorrentes do vandalismo e depredação nos prédios do Palácio do Planalto, do Congresso Nacional e do Supremo Tribunal Federal (STF). Em entrevista ao Diário, o santa-mariense e ministro-chefe da Secretaria de Comunicação (Secom), Paulo Pimenta, fez uma avaliação como foi o primeiro mês da gestão petista.

Conforme Pimenta, esse período foi para começar a colocar várias questões do sistema democrático brasileiro em ordem. – O episódio do dia 8 abalou profundamente os pilares da democracia. Teve uma enorme repercussão internacional, um fato muito marcante. Mas a resposta do povo brasileiro foi forte. O país não deixou dúvidas em relação ao compromisso com as instituições democráticas – afirmou ele.

Perspectivas para Santa Maria e região 

O ministro-chefe da Secom comentou que as pautas relacionadas à geração de emprego, distribuição de renda e retomada de obras são as principais demandas debatidas no momento. O santa-mariense contou, ainda, que todos os dias, às 9h, o primeiro despacho do presidente Lula é com Pimenta. – Fizemos uma atualização de todas as informações do Brasil e do mundo. Os pontos mais importantes da política e o planejamento do dia. E estou com o olhar para o Rio Grande do Sul, principalmente, para Santa Maria – acrescentou ele.     

Entre as prioridades do governo federal para Santa Maria e região, destacou Pimenta, são as obras da Travessia Urbana, especialmente o viaduto do Trevo da Uglione, e recuperação de trechos das rodovias federais nos municípios da Região Central, oportunidade em que anunciou que Lula deverá vir para a inauguração da duplicação das BRs da cidade. Confira:

Nesta sexta-feira (03) e sábado (04), já começou o içamento de oito vigas de um dos viadutos do Trevo da Uglione

Até o dia 11 de abril, quando completa 100 dias do governo, Pimenta relata que mais um trecho é para ser entregue da duplicação entre a Santa Marta e a Walter Jobim 

As obras serão concentradas na conclusão da rampa da passagem inferior da Rua Capitão Vasco da Cunha, para permitir que seja possível que o trânsito na BR-287 passe por cima do túnel

Todas as obras não serão concluídas nos 100 dias do governo. Ainda não tem data para o término, mas o ministro-chefe da Secom comenta que a possibilidade de finalização é mais para o final do ano de 2023. Além disso, o presidente Lula, provavelmente, virá para Santa Maria na inauguração da travessia

 Já tem ordem de autorização de contrato de conserva e de manutenção para investir R$ 58 milhões para Santa Maria e região

O investimento é para a recuperação de trechos com um grande trabalho de sinalização e revitalização, como Santa Maria a Itaara, Santa Maria a Rosário do Sul e São Vicente a Jaguari. Essa verba é para ser destinada até estradas em São Borja

O trecho de Santa Maria a São Sepé é para começar os investimento nesses primeiros 100 dias de governo

A recuperação dos trechos vai gerar empregos e movimentar a economia da região

Pimenta já começou também conversas com agentes públicos da cidade para dar andamento com o projeto de ampliar a oferta de pousos regionais no Aeroporto Municipal de Santa Maria

Desinformação

Outros planos para a comunicação do país é incentivar mídias regionais, além de todo o trabalho de combate à desinformação, para valorizar o jornalismo profissional que permite a credibilidade das informações. – O Brasil é um país diverso, por isso precisamos de uma mudança importante na parte comunicacional, para levar informação a todos. E a desinformação é um problema mundial. A falta de regulamentação das plataformas é um debate que vários países estão fazendo – afirma o ministro-chefe da Secom.

Pimenta avalia de forma positiva o primeiro mês do governo Lula, e também, já está em discussão campanhas relacionadas ao combate as notícias falsas, muito pelo impacto delas durante o processo eleitoral, na pandemia de Covid-19 e após os atos antidemocráticos. (Colaborou Eduarda Paz)